Geologia

A maior parte do substrato geológico do Concelho de Góis é constituída por rochas metassedimentares do chamado Grupo das Beiras, do Neoproterozóico (> 540 Ma; pré‐câmbrico, sensu latu). Seguem-se, em área, os sedimentos do Cenozóico (< 66 Ma), que constituem o vale do rio Ceira. Por fim, os metassedimentos paleozóicos, fundamentalmente de idade ordovícica (aprox. dos 477 Ma – 460 Ma), e que constituem a terminação do sinclinal da Serra do Buçaco.

São também significativas as potencialidades mineiras desta região, seja para o ouro, cuja exploração remontará pelo menos à ocupação romana, seja para a exploração do volfrâmio, atividade mineira mais recente. São conhecidos os limites das antigas concessões mineiras existentes na área do concelho. Embora legalmente estas concessões já não sejam válidas, o seu potencial mineiro é real e não pode ser menosprezado. Alguns dos percursos pedestres destacam esta atividade mineira, integrante do património geológico do concelho. Contudo, o seu estudo pode ser mais valorizado e aprofundado. Também a feliz designação de “aldeias do xisto” realça de forma permanente como a civilização humana está dependente da utilização dos recursos geológicos do território. Tendo em conta este património, são apontados alguns locais que merecem, desde já, um melhor detalhe e valorização da componente geológica.

• Cerro de Nossa Senhora da Candosa e seu canhão fluvial do Rio Ceira;
• Couto Mineiro de Góis e respetivas minas de volfrâmio;
• O geossítio do Penedo de Góis, um ex‐libris do concelho;
• As Aldeias do Xisto e a divulgação da cultura do xisto;
• Centro Interpretativo dos Icnofósseis dos Penedos de Góis, na aldeia dos Povorais;
• Taludes Naturais da aldeia da Monteira.