O aumento da consciencialização sobre a necessidade de avaliar e mitigar as problemáticas associadas às alterações climáticas, bem como os impactos na atividade económica, tecido social e vida de todos os cidadãos, é uma realidade. Convicta da necessidade de definir estratégias que possam amenizar as consequências desta problemática, a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM RC) desencadeou a elaboração do Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas (PIAAC), envolvendo os 19 municípios da região, conforme previsto no Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial, cofinanciado pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), Portugal 2020 e Fundo de Coesão. O PIAAC pode ser consultado, para melhor compreensão do impacto desta temática no nosso território, no presente. Se nada for feito, num futuro não muito distante…
Todos somos responsáveis!
As mudanças climáticas são a maior ameaça ambiental do século XXI, com consequências profundas e transversais a várias áreas da sociedade: económica, social e ambiental. Todos nós, sem exceção, estamos a ser afetados por esta questão: cidadãos comuns, empresas, governos, economias e, o mais importante, a natureza.
Mudanças climáticas sempre foram registadas ao longo dos milhares de anos de idade do planeta Terra. O problema prende-se com o facto de, no último século, o ritmo entre estas variações climáticas ter sofrido uma forte aceleração e a tendência é que tome proporções ainda mais caóticas se não forem tomadas medidas.
A ocorrência de ondas de calor e secas são fenómenos cada vez mais frequentes, e as consequentes perdas agrícolas representam uma ameaça real para as economias mundiais.
No cerne destas mudanças estão os chamados gases de efeito estufa, cujas emissões têm sofrido um aumento acentuado. O CO2 (dióxido de carbono) é o principal gás negativo desses designados de efeito estufa, que são consequência direta do uso/queima de combustíveis fósseis como o carbono, o petróleo e o gás com fins de produção energética.
É, por isso, imprescindível reduzir as emissões deste tipo de gases. Como? Eliminando, progressivamente, o uso massivo dos combustíveis fósseis, substituindo-os pelas energias renováveis, fomentando a poupança de energia e eficiência energética.
A atividade humana foi apontada, em 2007, por cientistas especializados nesta área e reunidos sob o Painel Intergovernamental de Alterações Climáticas, como sendo a principal causa destas mudanças do clima. Ao mantermos uma atitude inerte e apática perante esta questão, corremos o risco de sermos expostos a eventos climáticos extremos e imprevisíveis (como os que têm vindo a ser noticiados nos últimos tempos) e com efeitos nefastos para todo o mundo!
A temperatura, no século passado, registou um acréscimo de 0,76°C. A previsão é que, no presente, suba entre 1,1° a 6,4°C, dependendo das medidas mitigadoras que sejam encetadas
Este incremento da temperatura média tida como normal em mais 2°C pode induzir respostas céleres, imprevistas e não-lineares que podem desencadear danos irreversíveis nos ecossistemas terrestres.
Fonte: Associação Natureza Portugal