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Lagares e Moinhos
Legado patrimonial de grande importância, que representa de forma ímpar a relação histórica entre o Homem e a Natureza, que transparece nos vestígios de ocupação humana que pontuam as margens dos rios deste rico território que é o Concelho de Góis.
Lagares de azeite
Os dois lagares de azeite da freguesia do Colmeal, junto ao rio Ceira – o Lagar da Ponte do Colmeal e o Lagar da Foz da Giesta – encontram-se em ruínas, mas com vestígios de alguns engenhos. Ambos eram lagares de varas.
O lagar de varas no lugar da Ponte Velha da Cabreira pertence à Comissão de Lagares da Freguesia do Cadafaz. Este lagar tem um cariz comunitário, pelo que a população da freguesia podia fazer o seu azeite, respeitando a tábua da vez. Atualmente é o único lagar de varas em funcionamento no concelho e, eventualmente, no país, através da dinamização do espaço por uma empresa local de atividade turística, a Trans Serrano – Aventura, Lazer e Turismo, Lda.
Outro lagar situa-se em plena vila de Góis, junto à Ponte Real. Este imóvel foi intervencionado e não tem, neste momento, qualquer motivo de interesse, mantendo apenas a roda de água no exterior do imóvel, assim como a levada.
Entre o rio Ceira e a EN2, no lugar da Fonte do Soito, na freguesia de Vila Nova do Ceira, encontra-se devoluto um grande lagar de presas hidráulicas integrado num edifício com detalhes na fachada que nos indicam ter sido um lagar industrial.
O Lagar da Mata, também este na freguesia de Vila Nova do Ceira, propriedade da Cooperativa Social e Agro-Florestal de Vila Nova do Ceira, é um engenho moderno em plena laboração. Destaca-se a musealização do núcleo antigo do lagar tradicional, conhecido como “Lagar-Museu do Azeite”.
Moinhos
Os moinhos são definidos na tipologia de moinho de água e na categoria de moinhos de rodízio, segundo Ernesto Veiga de Oliveira, Fernando Galhano e Benjamim Pereira, na obra “Sistemas de Moagem – Tecnologia Tradicional Portuguesa”. Todos os moinhos que estão em funcionamento sofreram obras de adaptação ou reconstrução, que adulteraram as tipologias tradicionais.
Os moinhos que se encontram em ruínas ou em inatividade são os que mantêm boa aparência estética, estando, maioritariamente, situados na União de Freguesias de Cadafaz e Colmeal. É disso exemplo o moinho do Colmeal, que apresenta a característica única de estar assente no respetivo açude.
Estas estruturas distinguem-se pela zona onde estão situadas:
- No Ceira da Montanha os moinhos estão em ruínas ou em inatividade, mas ainda preservam a construção tradicional, com ou sem os engenhos;
- No Ceira da Vila os moinhos foram adaptados a outras funções, como lazer e segunda habitação (exemplos no Pego Escuro e na Peneda);
- O Ceira da Várzea é o setor do rio onde ainda funcionam mais moinhos, precisamente por se tratar de uma zona com maior tradição agrícola. É neste local que se encontram mais casais de mós por moinho.
Por estarem em funcionamento ou por terem sido intervencionados há pouco tempo, destacamos os seguintes:
- Moinho da ponte velha da Cabreira (União de Freguesias de Cadafaz e Colmeal);
- Moinho da Quinta do Carvão (Freguesia de Góis);
- Moinho do Casalinho de Baixo (Freguesia de Góis);
- Moinho das latas no lugar da Mata (Freguesia de Vila Nova do Ceira);
- Azenha do Pego Escuro (Freguesia de Góis);
- Moinho de rodízio do Pontão do Seladinho (Freguesia de Góis);
- Moinho de rodízio da Candosa (União de Freguesias de Cadafaz e Colmeal).