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Produtos Endógenos
A geomorfologia do concelho, moldado por duas serras e um grande rio que as separa, criou desde há muito as condições para a produção de um punhado de produtos essenciais na dieta alimentar destas populações. No rio, mecanismos tradicionais como lagares e moinhos, fabricavam o azeite e a farinha. No topo da serra, pastava o gado que nos dava a carne e o leite, e outro outrora chamado “gado do vento”, assim como trabalhavam as abelhas na produção do mel.
Quando falamos em produtos endógenos, referimo-nos aos produtos de origem do território, extraídos da terra: semeados, criados, colhidos e, por fim, transformados por alquimia da terra antes de chegar às mesas das famílias.
O azeite, a broa, o queijo, o mel estiveram sempre presentes em todos os momentos de repasto desta comunidade que necessitava de energias reforçadas para os dias-a-fio de trabalho braçal.
Hoje, de uma forma reinventada, será cada vez mais necessário responder a uma nova realidade de gosto e modas, sem nunca renegar as suas origens e a sua identidade. Saborear um queijo de cabra que vai colher os nutrientes aos pastos das alturas e cobrir com mel das laborais voadoras que procuram a urze, é algo único e genuíno. Comer uma broa de milho da farinha moída, num dos moinhos de rodízio das ribeiras da serra, e molhar no azeite prensado nas varas de um lagar do rio Ceira é hoje um raro “manjar dos deuses”.