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Enquadramento Geográfico
O Concelho de Góis encontra-se na Região de Coimbra, fazendo parte do complexo orográfico da Serra da Lousã. Enquadra-se no Distrito de Coimbra. Os concelhos que o rodeiam são, a norte, Arganil, Vila Nova de Poiares e Lousã; a nascente, Arganil e Pampilhosa da Serra; a poente, Lousã e Castanheira de Pêra; a sul Castanheira de Pêra e Pedrógão Grande.
O isolamento geográfico de Góis, característico do interior do nosso país, acentuado ainda mais pelas características geográficas de zonas de montanha, originou um povoamento disperso. Assim, as quase duas centenas de povoações do concelho distribuem-se pelas suas quatro freguesias: Alvares, Cadafaz e Colmeal, Góis, Vila Nova do Ceira. A Vila de Góis, sede do concelho, situa-se na parte oriental do distrito, a cerca de 45km da Cidade de Coimbra.
O Vale do Ceira atravessa a quase totalidade do Concelho de Góis e este desenvolve-se numa vasta área territorial com 263,3 km2. O seu relevo é muito acidentado, destacando-se as elevações da Serra da Neve, que atinge os 1131m, e da Serra do Penedo, com 1043m de altitude – o imponente afloramento quartzítico do período do Ordovício, vulgarmente designado por Penedos de Góis, certamente um dos mais soberbos miradouros naturais do centro do país.
O principal rio do território é o Ceira, afluente do Mondego que corre pelo Concelho e pela Vila de Góis. Outros cursos de água a destacar são o Rio Sótão, que nasce na Serra da Neve, e as ribeiras de Ádela, da Roda, de Unhais, de Méga, da Foz, de Celavisa e do Sinhel.
No âmbito da ocupação do solo destaca-se a mancha florestal, que corresponde a aproximadamente 26000 hectares, contra um total de 826,64 hectares para a ocupação agrícola. A ocupação humana abrange uma área de 397,39 hectares e a área de incultos perfaz um total de 5346,69 hectares.
No Vale do Ceira pode apreciar-se uma bela e encantadora paisagem natural, com a predominância do elemento água, desenvolvendo-se em altivas montanhas, por todo o concelho e que rodeiam a área urbana da Vila de Góis. Essa paisagem constitui, desde épocas remotas, o maior potencial endógeno do Concelho de Góis.
Na área do concelho mais aplanada, próxima dos cursos fluviais, os campos férteis são propícios à exploração agrícola. Nas zonas mais acidentadas pelo relevo, a população dedica-se, essencialmente, à exploração agro-pecuária e florestal. Os habitantes da serra, adaptando-se às escarpas do terreno, criaram muros de sustentação de terras, redes de distribuição de água para rega e outras estruturas de apoio, como lagares, moinhos e pontes, algumas delas ainda hoje a uso, em determinadas zonas do concelho.