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Taludes Naturais da Monteira
No período Quaternário, quando o rio andava bem mais alto e apresentava um caudal bastante mais largo que o atual foram-se depositando aluviões de pedras, areias e argilas nas suas margens. Ao longo dos tempos, o rio foi baixando e deixando à vista Terraços Naturais ou Taludes Naturais como os da Monteira. Sob o ponto de vista morfológico, os Taludes Naturais da Monteira inserem-se num vale linear encaixado, cuja linha de água é o rio Sótão, afluente do rio Ceira.
Com o passar do tempo, estes taludes foram sendo “esculpidos” pelos sistemas naturais de drenagem de águas, que nos deixaram estes fabulosos terraços onde a natureza foi mestra.
Nas vertentes verticais dos respetivos taludes, é fácil ler os depósitos dos antigos aluviões como se de uma fatia de bolo se tratasse. São pedras e areias em camadas sucessivas que decoram as suas vertentes. Neste talude existem também o que se chama de Chaminés de Fadas, também conhecidas por pirâmides de terra. São grandes colunas naturais, de forma cónica, que sustêm, no seu topo, um bloco de pedra maior, que funciona como protetor da erosão até que, com a continuidade da erosão, deixa de ser possível sustentar essas pedra no topo.
Estamos perante um quadro de paisagem sedimentar que conta a história milenar da vida dos nossos rios.