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Minas de Volfrâmio
O Concelho de Góis contabiliza diversas explorações mineiras abandonadas, devido à intensa atividade de exploração de estanho e volfrâmio em décadas passadas. As minas da Senhora da Guia e do Vale Pião contam-se entre as principais da região.
O Vale Pião no monte do Rabadão foi objeto de exploração mineira desde o tempo dos romanos, que procuravam ouro.
Por seu lado, o volfrâmio é um mineral valioso, devido à sua dureza, criando ligas de metais mais resistentes e eficientes, sendo estas usadas em brocas, armas, mísseis, etc. Por essa razão, no século XX, durante a I e II Guerras Mundiais, bem como a Guerra da Coreia, a procura do volfrâmio escalou. Foi sobretudo na década de 1940 que a exploração de volfrâmio movimentou a região e atraiu população, criando-se empresas concessionárias, bem como atraindo agentes alemães e britânicos que competiam entre si. Os trabalhos focaram-se em filões de quartzo com mineralização de Volfrâmio (W) e Estanho (Sn), que existiam nas encostas entre as minas de Vale Pião e Senhora da Guia perto das aldeias de Manjão, Vale Moreiro e Liboreiro. São testemunho disso as múltiplas galerias abertas nas encostas do outrora Couto Mineiro de Góis, explorado pelo engenheiro Stanley Mitchell, e as ruínas de edifícios das minas (escritório, dormitório e separadora).
Stanley Mitchell tinha sido engenheiro nas Minas da Panasqueira e iniciou a prospeção em Góis em 1929. Em 1968 o Couto Mineiro de Góis foi comprado pela COFENA, que criou uma nova lavaria perto das minas e fechou atividade em 1975. Assim, terminou uma indústria.
Ainda hoje são significativas as potencialidades mineiras desta região, como parte integrante do seu património cultural e onde aqui e ali se encontra ainda registo de informação oral de quem lá trabalhou.