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Igreja Matriz de Góis | Túmulo D. Luís da Silveira


Proteção | Monumento Nacional (Decreto de 16/07/1910, DG n.º 136, de 23-06-1910)
Propriedade | Fábrica da Igreja Paroquial de Góis
A Igreja Matriz de Góis é um edifício de arquitetura religiosa, localizado no extremo sul da vila, classificado como Monumento Nacional, desde 1910. Templo dedicado a Santa Maria Maior, padroeira da freguesia de Góis, com festa litúrgica a 15 de agosto. O templo foi edificado num ponto alto do extremo sul da Vila de Góis e a igreja instituída no ano de 1415. Apresenta planta longitudinal composta por nave, capela-mor, duas capelas laterais, sacristia e antiga sacristia. A capela-mor deverá remontar ao século XVI, as duas capelas laterais aos séculos XVI e XVII e a nave ao século XIX.
O Túmulo de D. Luís da Silveira encontra-se integrado na capela-mor da igreja e foi construído em 1531 (conforme data gravada na parte superior do monumento), em campanha de obras contemporânea das alterações introduzidas por D. Luís da Silveira, na Vila de Góis. Monumento funerário que se enquadra como obra artística de arquitetura e escultura do renascimento. A capela-mor da igreja, onde se enquadra a obra, teve, logo na sua criação, o propósito de funcionar como panteão.
Desde há décadas que é atribuído à arte de João de Ruão, autor do túmulo, e a Filipe Hodarte, autor da escultura. No entanto, outros autores advertem para o facto de que não faria sentido João de Ruão construir o túmulo e deixar a parte principal para outro artista. Também se discute se Nicolau Chanterene terá sido um dos autores do monumento.
O túmulo e todos os pormenores decorativos foram lavrados em pedra de Ançã, como era desejo de D. Luís. Esse material permitiu o trabalho minucioso das figuras e adornos de que o túmulo é composto.
Em Portugal, é a primeira vez que, na morte, alguém se faz representar de corpo levantado, como quem pretende estender a vida pela eternidade. Além das claras alusões à morte, a obra denuncia um certo fascínio pelo fantástico e pelo híbrido. Na escultura de menores dimensões constam as mais diversas figuras, praticamente todas dentro do universo dos chamados “grotescos”, motivos ornamentais fantasistas e insólitos, propícios às divagações e à imaginação e à liberdade criativa, onde se junta o real e o imaginário, o comum e o exótico, o gosto do bizarro, a repetição e a invenção. A volumetria das formas e a criatividade das composições são notáveis.
O túmulo de D. Luís da Silveira pode considerar-se como um dos mais belos exemplares de escultura renascentista em Portugal. O Conde de Sortelha mandou construir um grandioso monumento inserido numa magnífica capela-mor, utilizando esta obra como forma de representar a sua individualidade.
Sugestões | Para saber mais
Rua António Francisco Barata – Freguesia de Góis
40°09ʹ12.20ʹʹN 8°06ʹ38.19ʹʹW